Criemos o espaço de aconchego na alma para que os momentos de transição ocorram de forma harmoniosa.
NONA NOITE SANTA: 2 de janeiro
De novo sai o Sol, atravessamos um novo dia e vem o cair da noite.
Uma estrela brilha no céu, emanando o seu brilho da Constelação de Câncer, o portal do qual emanam as forças espirituais dos Querubins, os Seres da Harmonia.
Foi a ação dos Querubins no início da evolução que criou o cinturão protetor de estrelas em volta do nosso sistema, separando-o da totalidade macrocósmica. Esta ação está expressa na própria configuração do tórax: as forças de Câncer configuram os doze pares de costelas, o invólucro protetor físico do coração, o órgão da vida.
Os Querubins trazem o impulso para que as transições de um ciclo para outro ocorram de forma harmoniosa na vida. Eles fluem em espiral, cujo impulso vem ciclo anterior, criam um invólucro e se direciona para o próximo ciclo – em uma sequência repetitiva, harmoniosa. Podemos observar essas espirais cósmicas também em ciclos menores da natureza . São os Querubins que cuidam, por exemplo, que a semente do outono renasça como uma nova planta na primavera.
Na jornada biográfica encontramos tais transições em nosso desenvolvimento. A biografia humana está inserida em grandes e pequenos ciclos do sistema solar. Os ritmos do dia, da semana, do ano são considerados processos respiratórios da Terra e da vida da alma humana que flui nesses ritmos, alternando-se da consciência individual para a consciência coletiva e para a consciência planetária. Nesse pulsar da vida, da alma e da consciência, a passagem de um ciclo para o outro muitas vezes provoca crises existenciais de desenvolvimento, momentos de incerteza, quando questionamos se a nossa vida tem propósito, se agrega valor ao mundo.
Embora durante um pico de crise existencial possam aflorar muitas emoções e situações de conflitos externos possam ser desencadeadas, ela é mais abrangente do que uma crise emocional. A crise existencial está relacionada ao desenvolvimento da consciência e abarca tanto a biografia interna quanto a externa. Provoca também aquela sensação de que estamos perdendo o rumo, de que as escolhas que fizemos nos trouxeram até onde estamos, mas não têm energia para nos levar adiante. Mesmo que a vida esteja nos eixo, que se tenha saúde, recursos, que se tenha atingido metas materiais e profissionais, despertamos, todos os dias, com o sentimento de que aquele modo de vida não serve mais. É a falta de ânimo para seguir vivendo, são as indefinições em relação ao futuro, são os sentimentos de inadequação.
Na nona Noite Santa, através do portal de Câncer, recebemos os impulsos espirituais dos Querubins, que nos trazem forças para nos harmonizarmos com o novo e criam a proteção para que os momentos de transição ocorram de forma harmoniosa.
Nesta noite, deixe de lado a apreensão pelo que está em transição na sua vida. Da região de Câncer, os Querubins, Espíritos da Harmonia, trazem a você a força da harmonia com o novo e aconchego para os momentos de transição.
Com certeza eu caminho pela vida,
Com amor no íntimo do meu ser,
Com esperança em tudo que eu faço,
Com confiança no meu pensar,
Forças jorrem do meu coração.”
Acompanhe todas as páginas com o ciclo completo das Doze Noites Santas: https://www.continuamente.com.br/tag/12-noites-santas/
fonte do texto:
ANDRADE, Edna. As Doze Noites Santa [Site Festas Cristãs: <http://www.festascristas.com.br/12-noites-santas/12-noites-santas-textos-diversos/483-as-doze-noites-santas-edna-andrade>]. Acesso em 24 dez 2020.
Palestra proferida por Edna Andrade na Clínica Tobias em São Paulo no Natal de 2006.
ANDRADE, Edna. Nona Noite Santa: 2 de janeiro [Site Biblioteca Virtual da Antroposofia: <http://www.antroposofy.com.br/forum/nona-noite-santa-2-de-janeiro-2/>]. Acesso em 02 jan 2021.
ANDRADE, Edna. A jornada meditativa das doze Noites Santas. São Paulo: Editora Antroposófica, 2020. p.47-48.fonte da imagem:
BAXTER, Cathy. The Three Kings. [Art.com]. Disponível em <https://www.art.com/products/p21297029791-sa-i7361911/cathy-baxter-the-three-kings.htm>. Acesso em jan 2021
Gravação com narração de Mirna Grzich, produção de Gabriel Lehto